Os Caminhos de Leitura 2024 começaram.
Para memória futura ficam aqui algumas imagens do 1º dia do Encontro.
Os nossos convidados...
Trimagisto - Cooperativa Cultural
Fundada em 2001 na cidade de Évora, hoje tem a sua sede em Montemor-o-Novo e representação em Lisboa.
A Trimagisto tem a direção artística de Carlos Marques e desdobra-se em projetos de criação nas áreas do teatro, da música, da narração oral e da vídeo arte/multimédia, sendo reconhecida pela criação e circulação de espetáculos em todo o território nacional.
É uma cooperativa consciente do seu impacto nas diversas comunidades onde se insere e por isso a sua versatilidade implica um trabalho atento de auscultação ao outro.
Os seus projetos têm como principal incidência a criação de objetos artísticos diversificados de teatro, música, animação, multimédia com forte componente narrativa e com a preocupação de fundir várias artes e vários setores da sociedade.
Os nossos convidados...
Andante
Em 1999, nós, Cristina Paiva e Fernando Ladeira, criámos a Andante. Uma companhia de teatro dedicada exclusivamente à promoção da leitura que faz o seu caminho junto dos mais variados públicos mas que dedica grande parte do seu trabalho à infância. Os Caminhos de Leitura fazem naturalmente parte da nossa história.
Somos leitores, atores, encenadores, cenógrafos, leitores, formadores, cantores, coralistas, leitores, músicos, realizadores, produtores, figurinistas, leitores, já tínhamos dito? Somos leitores, viciados em livros, em histórias, em pensamentos em formas de linguagem, amamos os livros e procuramos disseminar esse amor. Em 2019 fomos recompensados com o Prémio Ler+.
Mas a batalha continua: ler e dar a ler. Seja de que forma for.
Para saber mais sobre a Andante vá a dâbliu dâbliu dâbliu ponto andante ponto com ponto pê tê.
Nossos convidados...
Coro de Leitura em Voz Alta de Oeiras
Um grupo de mulheres encontra-se quinzenalmente em Oeiras para ler em voz alta. E para rir. E para refletir.
Constroem assim este coro de leitoras subversivo. Nos 50 anos do 25 de Abril lembramos a revolução mas interrogamo-nos: Somos Livres?
Este grupo é dirigido por Cristina Paiva da Andante Associação Artística e tem o apoio do Município de Oeiras.
Os nossos convidados...
A Artemrede é um projeto de cooperação cultural que integra atualmente 18 associados, 17 dos quais municípios e a cooperativa de solidariedade social Rumo. Desde 2005 que a Artemrede promove o desenvolvimento cultural dos territórios através da criação artística, da programação cultural em rede, de estratégias de mediação e de processos de formação e capacitação de profissionais e não profissionais. Desde 2015, e a partir de um reposicionamento estratégico, tem apostado nos projetos de longa duração, intermunicipais e intersectoriais, que promovem o desenvolvimento de competências nas comunidades e a aproximação entre a população e as artes.
Os nossos convidados...
Benita Prieto
Curadora, consultora, produtora e mediadora de projetos de leitura. Atriz, Escritora e Contadora de Histórias. Criou o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias do Rio de Janeiro. Produziu o documentário “Histórias” sobre os narradores orais urbanos e organizou o livro “Contadores de Histórias: um exercício para muitas vozes”.
Desde 2012 pesquisa e ministra cursos sobre promoção de Leitura e Literatura Digital. Coordenadora da Red Internacional de Cuentacuentos e Coordenadora técnica do Selo Caminhos de Leitura. Presidente da Ações & Conexões - Associação Cultural de Portugal. Integrou o Grupo de Estudos em Literatura Infantil e Juvenil (GELIJ/CNPQ) do Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio de Janeiro que escolhe os livros para o Selo Cátedra 10.
Natural do Rio de Janeiro, atualmente reside em Alhandra, Portugal, onde tem participado em ações de promoção de leitura e narração de histórias em diversos eventos: Caminhos de Leitura, Maratona de Leitura da Sertã, Palavras Andarilhas, Folio, Rio de Contos, Festa dos Contos, Rede de Bibliotecas Escolares e em diversos eventos e espaços culturais.
Os nossos convidados...
Cristina Paiva
Cristina Paiva: atriz. Esta é a atividade que melhor descreverá o seu caminho profissional, desde 1984 até agora. Foi a profissão para a qual se preparou na Escola Superior de Teatro e Cinema e nos grupos de teatro de amadores, em Setúbal, antes disso. Em 1987 ganhou o Prémio Actriz Revelação pela Associação de Críticos Teatrais Portugueses e até 1999 fez um percurso “alternativo” às companhias teatrais mais estáveis do país na altura. Um percurso liderado por encenadores e trabalhos marcantes: José Carretas, Rui Paulo, Fernando Gomes, Norberto Barroca, Carlos Pimenta, entre muitos outros. Desde 1999, juntamente com Fernando Ladeira, dá início à Andante, um projeto teatral levado a cabo essencialmente em bibliotecas e que tem como objetivo principal a partilha do prazer da leitura.
E pode-se dizer que é com a Andante, um projeto com 25 anos, que o seu percurso encontra um caminho constante e com o qual se confunde. Um caminho fixado nessa missão que é a de ser mediadora de leitura itinerante. Para o fazer nunca abandonou a linguagem do teatro mas à profissão de atriz pode-se dizer que juntou a de produtora, encenadora, dinamizadora de grupos de leitura, formadora na área da mediação da leitura, figurinista, costureira, dramaturgista, cozinheira, cenógrafa e até, às vezes, cantadeira. Acreditando sempre que melhores leitores serão melhores cidadãos, mais críticos e melhor formados, usa todos os recursos que encontra para levar a cabo este trabalho. Desde Clubes de Leitura em Voz Alta a Coros de leitores, à produção e interpretação de espetáculos diferentes por todo o país e às vezes fora do país; desde poesia de Camões para bebés até à prosa de Saramago para adolescentes; desde espetáculos feitos nas prisões até um áudio-blogue de divulgação de poesia; desde trabalho internacional com outros performers de poesia até à colaboração na Pós-Graduação do Livro Infantil da Universidade Católica Portuguesa. Encontros literários, conferências, destaques, reconhecimento do trabalho por muitas entidades, podem ser momentos relevantes, mas o que faz todos os dias é o que a move: formar leitores, formar públicos, fornecer ferramentas às pessoas e entidades para transformar o momento da leitura num momento de prazer.
Os nossos convidados...
Nuno Morão
Sobre si, conta-nos:
“Enquanto adolescente, quis ser geógrafo e maquinista. Mais tarde, escolhi a música e o som. Desde então, tenho tocado uma grande variedade de instrumentos musicais (embora focando-me na bateria e percussão) como se estivesse a conduzir um comboio através de ferrovias sem fim. Paralelamente a esta viagem, aprimorei as minhas capacidades como engenheiro e artista sonoro com o mesmo estado de alma que está presente quando contemplo vastas paisagens ao ar livre, seja em contextos musicais, cinematográficos ou expositivos”
Os nossos convidados...
Luís Carmelo
Nasceu em Lisboa em 1976, mas foi no Brasil que cresceu até 1991. É licenciado em Estudos Teatrais, Mestre em Estudos Portugueses (Representações da Morte no Conto Tradicional Português, Colibri, 2011) e Doutor em Artes, Cultura e Comunicação, com a tese Narração Oral: uma arte performativa. Colabora com o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve.
Conta histórias desde 2003, em bibliotecas, escolas, associações, teatros e festivais, em Portugal e no estrangeiro. Criou projetos como os Contapetes, os Contapetes Bebés, a Barraquinha dos Contos, as Contatinas, entre outros. Organiza encontros e conferências dedicadas à narração oral, tais como as duas edições de Narração Oral: Instrumento, Tradição e Arte, em Évora e Faro, ou Tales - Aprender com as histórias na sala de aula, em Beja.
Os nossos convidados...
Ana Garralón
Estuda e trabalha com livros infantis desde o final dos anos oitenta, conciliando o seu trabalho com o de livreira. Recebeu uma bolsa da Biblioteca Internacional de Munique que lhe permitiu realizar pesquisas para o livro Historia Portátil de la Literatura Infantil (Anaya 2001/ nueva edición revisada: Prensas Universitarias de Zaragoza, 2017).
Professora convidada no Mestrado em Literatura Infantil da UAB, na Universidade de Saragoça e no Mestrado em Libro Álbum de Iconi. No seu trabalho como crítica tem escrito em inúmeras revistas especializadas.
O seu último livro é o resultado de anos de trabalho sobre um tema que pesquisa regularmente: Leer y saber. Los libros informativos para niños (2013).
Em 2024 publica o livro Las Incursoras. Mujeres Libros, Infância, publicado pela editora Las Afueras e dedicado ao trabalho das mulheres em todas as áreas da literatura infantil.
Pela sua carreira recebeu o Prémio Nacional de Promoção da Leitura 2016, atribuído pelo Ministério da Cultura, Educação e Desporto.
Os nossos convidados...
Grupo Cavaquinhos do Louriçal
O Grupo de Cavaquinhos do Louriçal foi fundado por Luís Manuel Vide Miranda em 1994. Atualmente, conta com cerca de 25 elementos e o seu repertório foca-se maioritariamente na música tradicional portuguesa. A sua música consiste em arranjos de autoria própria e valoriza acima de tudo o som puro do cavaquinho, pelo que são
poucos os instrumentos adicionais. Destaca-se pela versatilidade, com um leque bastante diversificado de atuações ao longo da sua história.
Depois do primeiro álbum de estúdio "Recortes" (2004), o Grupo de Cavaquinhos do Louriçal encontra-se, de momento, a gravar o seu segundo trabalho discográfico.
Os nossos convidados...
Carlos Marques
Nasceu em Montemor-o-Novo e é licenciado em Estudos Teatrais pela Universidade de Évora. Estudou no Institut del Teatre de Barcelona. É ator, músico, contador de histórias e um entusiasmado pelo mundo. Muitas vezes confundido com o seu homónimo e filósofo alemão que ‘apenas’ queria transformar o mundo. Iniciou o seu percurso profissional em 2000, trabalhando em inúmeras companhias teatrais como freelancer. Criou e deu voz aos espetáculos-concertos “Em duplicado” (2022), "No dia seguinte ninguém morreu" (2021) "No fio do Azeite"(2019) e “Levantei-me do Chão” (2015). Foi compositor e músico de “Pontes de Sal” de Joana Craveiro (Citemor 2018), “O Assalto” de Susana Cecílio (2018), "Um espetáculo para os meus filhos" de Rui Pina Coelho (2017), "Como Assim Levantados do Chão" de Miguel Castro Caldas, (2014). Encenou ainda “Vendedor de Recordações” (2024), “Dois Pontos Educação” (2023), "Abril em Portugal" (Helder Costa, 2014), "Constantin Gavrilovitch Acaba de se Matar" (2013), "BAQUET" (2012), "Tio Lobo" (2011) "Às vezes quase me acontecem coisas boas quando me ponho a falar sozinho" (Rui Pina Coelho, 2010). Deu voz a dois audiolivros da secção HOT – Histórias Oralmente Transmissíveis’ da editora Boca - Palavras que alimentam: “Era, não era” (2011) e “Tresmalhados” (2014) de Maria Morais. É co-autor de “Bendido e Louvado Conto Contado” (aletria). Gravou e produziu os EPs “Levantei-me do chão” (2015), “No Fio do Azeite” (2019). Assume-se como um contador de histórias desde 2005 contado e cantado entre e além-fronteiras. É programador e produtor do evento FESTIVAL DA PALAVRA | FESTA DOS CONTOS (Montemor-o-Novo) desde 2009.
Os nossos convidados...
Bru Junça
Sobre si, conta-nos:
“Nasci em Évora num domingo e talvez, por isso, seja dada ao vagar. Vivi na rua onde morou Florbela Espanca. Gosto da côdea do pão acabado de cozer. A minha casa ficava por cima da minha primeira escola. Rua abaixo, rua acima fui apre(e)ndendo o mundo. Aprendi matemática na mercearia do Sr. Ângelo. Percebi que o caminho dói quando o Sr. Moreira me punha meias solas nos sapatos, gastos pela brincadeira. Aprendi a escutar, ouvindo as estórias da vizinhança contadas pela D. Vicência e pela D. Victória. Tive um grilo e dois canários. Aprendi o cuidar e o dizer adeus. O cheiro a café devolve-me a casa. São os pássaros que acordam a manhã à minha janela. Quis ser professora. Aos 18 anos Lisboa foi-me demasiado barulhenta. Formei-me na Universidade de Évora. Continuo a enviar postais, escritos à mão. Numa cozinha aprendi a contar grãos. Contar o tempo. Contar a vida. Acareio tudo quanto é memória. Não vivo sem livros. Sou mediadora de leitura. Conto histórias. Viajo muito ao redor de mim nas viagens que faço pelo mundo. Tenho mãos inquietas. Faço livros de pano e pastéis de nata. Tenho o vício dos livros antigos. O lume de chão é-me companhia onde a Palavra é encontro com o mundo e com o outro. A palavra une, desembaraça e abraça.”
Os nossos convidados...
Manuel Sevillano
Sobre si, escreveu: “Sendo Mediador de Leitura e narrador oral, todos os sinais diziam que eu acabaria seguindo a seta que indicava...Editar!!! E aqui estou de volta, percorrendo os caminhos da leitura, que levam sempre a Pombal. Nesta ocasião unindo tudo o que aprendemos nesses mais de 25 anos de caminhada: contar, mediar e apresentar a Silencio Editora”.
Manuel Sevillano é fundador dos Piratas de Alexandria, grupo com mais de 25 anos de experiência na área de mediação de leitura e narração oral e sócio fundador de Rosana Martínez, da Silencio Editora.